A FORD REALIZA TESTES PARA DESENVOLVER SERVIÇOS DE DISTRIBUIÇÃO DE ENCOMENDAS COM VEÍCULOS AUTÓNOMOS

13 DEZEMBRO, 2021

É comum que os funcionários de grandes centros de trabalho percorram longas distâncias para entregar pacotes de um edifício para outro. Será que um veículo autónomo poderia ajudar a reduzir essas deslocações?

Ford Transit Van side view

Esse foi o assunto de um estudo que a Ford desenvolveu recentemente com o DP World London Gateway, um dos portos de crescimento mais rápido do Reino Unido.

A iniciativa faz parte do nosso Programa de Pesquisa de Condução Autónoma, desenvolvido para ajudar as empresas a entender como é que os veículos autónomos podem beneficiar as suas operações.Tooltip O estudo DP World testou como os destinatários lidavam com o acesso a um veículo de entrega autónomo.

Para este ensaio, a Ford utilizou um furgão Transit especialmente adaptado, para imitar o aspeto de um veículo de condução autónoma com um motorista escondido num "Banco de Condutor Humano". Os funcionários do edifício de receção da empresa carregaram as encomendas em cacifos próprios, no compartimento de carga da Transit. Depois, nos horários de entrega estabelecidos, a Transit viajou para a receção principal, a 3,5 km de distância, para que os colegas de lá as pudessem receber. Habitualmente, os funcionários levantam as encomendas na própria receção. Apesar de demoradas, estas viagens não justificam ter um motorista a trabalhar a tempo inteiro.

Cada etapa do processo foi acompanhada por investigadores, os quais também realizaram entrevistas com os participantes, antes, durante e depois do ensaio. Descobriram que os funcionários se sentiram rapidamente à vontade para utilizar esta carrinha especialmente equipada. Alguns formaram pró-ativamente os colegas para acederem às suas encomendas, enquanto outros foram habilidosos na superação de dificuldades intencionalmente introduzidas pelos investigadores, tais como encomendas erradas a serem guardadas em cacifos errados.

“Ter o que parecia ser um veículo autónomo no local criou um verdadeiro burburinho. Todos queriam utilizá-lo. Ao entrar no veículo para ir buscar encomendas a um outro local no recinto pode não parecer que consuma assim tanto tempo, mas ao fim de múltiplas viagens, ao longo de semanas, meses e anos, isto pode resultar em muito tempo e dinheiro”.

Ernst Schulze, CEO da DP World, Reino Unido.

A intenção subjacente ao programa é identificar novas oportunidades e modelos para operações de veículos autónomos e, em particular, compreender como os processos existentes e as interações humanas podem funcionar a par dos veículos autónomos.

"Foi incrível ver como a equipa da DP World abraçou entusiasticamente o trabalho com o apoio de um veículo autónomo. Continuamos a trabalhar em estreita colaboração com os nossos clientes para aprender como estes veículos podem beneficiar os seus negócios e é emocionante ver, em primeira mão, o impacto que isto pode ter numa variedade de locais. O que funcionou tão bem nas instalações da DP World poderá igualmente ser benéfico nas universidades, aeroportos e instalações fabris".

Richard Balch, Diretor, Veículos Autónomos e Mobilidade, Ford Europa

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